Ricardo Pessanha
Jornalista e escritor
Ainda na faculdade de jornalismo (UFRJ -1982), Ricardo Pessanha começou a escrever sobre
música em jornais estudantis, e nunca mais parou. Sem que fizesse disso um objetivo, sua
trajetória no jornalismo foi, desde o início, predominantemente voltada para o
exterior.
Sua carreira tomou impulso em 1986, quando conheceu Chris McGowan, jornalista da Billboard
baseado em Los Angeles, que estava no Brasil para fazer um grande suplemento especial sobre a
música brasileira. Neste projeto atuou como consultor, orientando McGowan sobre os
principais nomes e tendências da nossa música. Voltando aos Estados Unidos, McGowan
propôs escrever em parceria um livro sobre a música popular brasileira na
língua inglesa. Daí nasceu um projeto, que aprovado pela Billboard Books,
transformou-se no The Brazilian Sound, livro que para muitos é o melhor já publicado
no exterior sobre a nossa música. No
site
há vários comentários sobre o livro publicados na imprensa internacional.
Em 1999, The Brazilian Sound foi o livro mais vendido na livraria virtual Amazon.com, no
gênero World Music.
À primeira edição americana (1991) seguiram-se as edições inglesa
(The Billboard Book of Brazilian Music - Guinness Publishing - 1991), a alemã
(Samba, Bossa Nova und die Klänge Brasiliens - Hannibal - 1993), a segunda edição
americana, atualizada e revista (Temple University Press -1998), a francesa (Le Son du
Brésil), lançada em 2001 em Paris pela Éditions Lusophone e a japonesa em 2003.
A terceira edição americana do livro foi lançada em dezembro de 2008, pela
Temple University Press.
Para publicação na França, escreveu, em parceria com a escritora e tradutora
Carla Cintia Conteiro, uma biografia de Caetano Veloso.
"L'Âme Brésillienne"
foi lançado em maio de 2008 pela Editions Demi-Lune - Paris. Neste momento, está
finalizando mais uma obra para a editora francesa: a biografia de Gilberto Gil, também em
parceria com Carla Cintia Conteiro.
Ainda para a Billboard, cobriu o Rock in Rio II em parceria com o jornalista americano John Lennart.
Foi também redator free-lance da revista Mad, colaborador do jornal AfroReggae e redator de
notícias das rádios Manchete FM e Roquette Pinto.
Atuou por dois anos como correspondente no Brasil da revista The Beat, de Los Angeles, contribuindo
com artigos e entrevistas com grandes nomes da MPB. Para a exportadora de CDs brasileiros HPI,
editou durante dois anos o seu boletim de lançamentos publicado em todo o mundo. Para a
Musicrama, grande distribuidora de CDs importados nos Estados Unidos, escreveu press releases e
perfis de artistas brasileiros para inclusão em seu newsletter.
Durante cinco anos redigiu a versão em inglês do suplemento mensal da Universal Music
que promovia seus últimos lançamentos. Faz também versões e
traduções de press releases, de letras de músicas, de legendas e entrevistas
para DVD, e cria liner notes originais para discos lançados no exterior. Esse tipo de
trabalho que começou fazendo somente para a Universal se estendeu para outras gravadoras:
Trama, Warner, MZA e Delira.
Para a gravadora americana Putumayo Records, a maior gravadora de world music do planeta, tem feito
versões para inglês de letras de músicas, releases, liner notes, e perfis
originais de artistas brasileiros incluídos em seus lançamentos. Faz regularmente
trabalhos para a gravadora americana Six Degrees, vertendo para o português liner notes,
perfis e releases de seus artistas para o lançamento de seus discos no Brasil através
da empresa Ginga P. Outro selo de world music para o qual tem colaborado é o Cumbancha. Para
a Megatrax, empresa americana de música para produções e design de som,
traduziu seu catálogo, com mais de 40.000 verbetes.
Anualmente, a convite do IBEU, dá palestras sobre música popular brasileira para
estudantes universitários americanos em programa de intercâmbio cultural no Brasil.
Estudou fotografia na Escola de Artes Visuais do Parque Laje e na ABAF - Associação
Brasileira de Arte Fotográfica e como fotógrafo, tem trabalhos publicados no
The Brazilian Sound, na Billboard, na Beat e em outras publicações nos Estados
Unidos. Mantém
uma exposição online de suas fotos.
Frequentemente trabalha como consultor de jornalistas e produtores. Recentemente colaborou com o
jornalista do Los Angeles Times Joe Robinson, numa matéria sobre a cena musical carioca.
Também presta consultoria à gravadora Putumayo nos trabalhos de
pré-produção de um documentário sobre música brasileira,
ainda não filmado. Tem sido convidado para atuar em comissões do governo do estado
formadas para selecionar projetos culturais que receberão seu apoio.